Agora pouco vi um post no Buzzfeed sobre um comentário que a Rita Lobo fez em seu Twitter sobre os mitos da alimentação saudável e até compartilhei em minha página do Facebook. Como eu vi muitas reações a respeitos e alguns comentários extremos e que não entender a colocação da Rita resolvi escrever este texto e compartilhar um pouco das minhas reflexões com vocês.
Se você não sabe do que estou falando, clica aqui, vai lá ver o post do Buzzfeed e depois volta pra gente conversar.
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Resumindo a história, a Rita postou o tweet abaixo e as pessoas se dividiram em “Rita te amo, odeio gente que come saudável” e “Rita te odeio, só como linhaça mesmo idaí”.
“Pq vc ñ ensina maionese com óleo de coco e iogurte, em vez d gema e óleo?” 1) pq ñ é maionese; 2) trate seu distúrbio alimentar.
— Rita Lobo (@RitaLobo) 11 de fevereiro de 2017
E na verdade, o que ela quis dizer vai muito além de tudo isso e envolveu vários tweets que acabaram não entrando na discussão. O questionamento dela e, que eu compartilho, diz respeito aos modismos e produtos ultra processados e o quanto as pessoas consomem coisas sem saber do que é feito por influencia de alguém sem capacitação profissional.
Ao meu ver, isso deve ao fatos de as pessoas estarem em busca de respostas simples, práticas, rápida e de graça. Ninguém quer, nem tem tempo, para ficar horas em um consultório fazendo exames e construindo com um médico ou nutricionista uma dieta ideal e personalizada para o seu caso. Ouso dizer que nem os médicos estão afim disso, as consultas, em geral, não duram mais do que 15 minutos e eu mesmo já me senti sendo expulso do consultório e sai de lá com várias dúvidas sobre o que fazer e aí, recorri à nossa querida internet.
Até aí, tudo bem. Mas a gente não pode perder o senso crítico, parar de questionar e esperar respostas simples para questões complexas. E quando se trata de alimentação e saúde, não existe resposta fácil.
Vamos esclarecer que ninguém aqui está falando de pessoas com restrições e problemas específicos ligados à alimentação. Existem alérgicos, celíacos e intolerantes a várias substâncias que realmente não podem consumir determinados alimentos e são obrigados a se adaptar a essa realidade.
A crítica aqui é àquele grupo de pessoas que, por modismo passa a se alimentar de determinado modo ou corta alguns alimentos da sua dieta. É a turma do sem glúten, mesmo não sendo celíaco, dos sem lactose, mesmo não sendo intolerantes, dos integrais, sem saber direito o que eles são.
E neste redemoinho de informação todo mundo se perde e fica correndo para todos os lados, consumindo leites sem lactose cheios de aditivos e substâncias desconhecidas, produtos integrais mais calóricos, gordurosos e açucarados do que alimentos comuns.
O bom de toda essa polêmica é que a gente está falando sobre isso e esclarecendo. E a lição que fica é para a gente prestar mais atenção no que come, ler embalagens, lista de ingredientes e, na minha opinião, o principal, questionar os modismos, quem os dissemina e o porque disso. E entender que o mercado é movido pela demanda e para muitos mercados a demanda é criada através de marketing e não de uma necessidade real do consumidor. Ou seja, talvez, pode ser, imagine só… que o glúten, não seja este vilão horroroso que disseminam por aí, que a lactose, não seja de todo mal pro seu organismo.
Afinal, nossas avós não sabiam de nada disso e sobreviveram.
Finalizo este texto com um link do site da Rita que é muito útil e serve de guia para quem quer comer melhor.
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